sábado, agosto 07, 2010

Coluna Poesia I: Cora, Cora, Cora Coralina!

Para começar a primeira postagem da Coluna Poesia, escolhi uma poetisa que eu amoo e respeitoo demais: Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, cujo pseudônimo conhecido é Cora Coralina. Ana nasceu em Goiás no dia 20 de agosto de 1889. Em 1903 já escrevia poemas sobre seu cotidiano, tendo criado, juntamente com duas amigas, em 1908, o jornal de poemas femininos "A Rosa". Em 1910, seu primeiro conto, "Tragédia na Roça", é publicado no "Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás", já com o pseudônimo de Cora Coralina. Em 1911 conhece o advogado divorciado Cantídio Tolentino Brêtas, com quem foge. Vai para Jaboticabal (SP), onde nascem seus seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacintha, Ísis e Vicência. Seu marido a proíbe de integrar-se à Semana de Arte Moderna, a convite de Monteiro Lobato, em 1922. Em 1928 muda-se para São Paulo (SP). Em 1934, torna-se vendedora de livros da editora José Olimpio que, em 1965, lança seu primeiro livro, "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais". Em 1976, é lançado "Meu Livro de Cordel", pela editora Cultura Goiana. Em 1980, Carlos Drummond de Andrade, como era de seu feitio, após ler alguns escritos da autora, manda-lhe uma carta elogiando seu trabalho, a qual, ao ser divulgada, desperta o interesse do público leitor e a faz ficar conhecida em todo o Brasil. Respeito Cora Coralina, por ela ter descoberto a poesia já bem velhinha e depois de ter lutado tanto, a primeira prosa que li de sua autoria foi "Menina Mal Amada", depois foi que eu tive o interesse de procurar mais sobre ela e fui me "apaixonando" mais e mais pelas poesias de Cora, já escrevi uma ou duas poesias em homenagem a ela e qualquer dia eu posto aqui. A poesia a seguir é Mulher da vida do livro Poemas de Goiás e Estórias Mais, p.201, 1996.

Mulher da vida

Mulher da vida,

Minha irmã.

De todos os tempos.

De todos os povos.

De todas as latitudes.

Ela vem do fundo imemorial das idades

e carrega a carga pesada

dos mais torpes sinônimos,

apelidos e ápodos:

Mulher da zona,

Mulher da rua,

Mulher perdida,

Mulher à toa.

Mulher da vida,

Minha irmã.


6 comentários:

  1. conheci mas um pouco da vida dessa grande poetisa...muito interessante...e o poema em questão muito bom...

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  2. Sim! O poema citado é um dos meus preferidos de Cora Coralina. É sempre bom saber mais sobre esses grandes poetas... Na próxima Coluna Poesia provavelmente vou escrever sobre Edgar Allan Poe, espero que goste e comente de novo!

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  3. bem interessante eu ainda não conhecia os poemas dela

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  4. Iohara...q massa essa coluna! Concordo q nos tempos de hj muita gente naum liga mais pra poesias e poemas... mas quem sabe com a ajuda de seus amigos...um por um, a gente mude isso!
    continua postando q eu to lendo! E PF faz um post sobre a pipoca do cinema!

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  5. Guilherme: Ela é perfaaa, procure mais sobre ela, duvido que vá se arrepender!

    Vinícius: Concordoo com vc criatura! E vou fazer sim o post sobre pipoca do cinema! ahsuahsuahsus, pelo menos comenta viu?

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  6. Maria... Maria... Eu fico muito orgulhosa de você quando vejo o seu bom gosto pela escolha dos escritores/ou poetas que homenagea em seu blog. Meus parabéns!!! Te admiro muito e siga em frente... Bjos da profa. boba que assiste nos bastidores o sucesso dos seus ex-alunos, mesmo que de muito longe, rsrsrs!

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